Um belo passeio pelo Rio de Janeiro…

O Rio de Janeiro foi cenário de vários filmes e tornou-se destino favorito das estrelas de Hollywood. No imaginário do mundo, a cidade estabeleceu-se como a essência do paraíso tropical cosmopolita, numa rara união entre glamour e exuberância natural.

Apesar dos sérios problemas urbanos, como as gigantescas favelas, o Rio mantém sua aura. O estado oferece ainda a magnífica costa de Paraty, Angra dos Reis e Ilha Grande, no litoral sul, e a beleza de Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo, no litoral norte.

O passado histórico e o clima agradável também esperam o turista nas charmosas Petrópolis, Teresópolis, Vassouras, Visconde de Mauá e Itatiaia.

Centro Histórico do Rio

Este passeio a pé pode ser feito nos dias úteis, em horário comercial, quando a maioria das igrejas encontram-se abertas; a região é mais policiada, dispõe de mais táxis em circulação e é bastante movimentada – o que permite observar o vaivém dos cariocas. Nos fins de semana, entretanto, acontecem importantes atrações, e embora se perca em segurança e vivacidade nas ruas do Centro, pode-se realizar o roteiro partindo-se delas. É o caso das missas e dos eventos nos centros culturais.

Igreja do Mosteiro de São Bento
É a máxima expressão do barroco no Rio. Erguida por monges beneditinos no século XVII, tem uma fachada austera, que esconde um rico interior revestido por talhas de madeira dourada. Os oito magníficos altares laterais ostentam imagens dos séculos XVII e XVIII. A iluminação suave para preservar as peças cria uma atmosfera densa no local. O claustro abre-se em raras ocasiões, como no Domingo de Ramos e no dia de Corpus Christi.

Aos domingos, às 10hs, realiza-se a concorrida missa em que os monges entoam cantos gregorianos – para ouvi-los é recomendável chegar ao local com bastante antecedência.

Igreja Nossa Senhora da Candelária
Vizinha de inúmeros centros culturais, a Candelária situa-se em uma extremidade da avenida Presidente Vargas, a qual corta o Centro. Construída entre 1775 e 1898, exibe na parte interna mármores de variadas cores e púlpitos com escadas de bronze. Admire com calma as belas portas, também em bronze, esculpidas pelo português Mestre Antônio Teixeira Lopes.

Casa França-Brasil
Projetada por Grandjean de Montigny, arquiteto que aqui difundiu o estilo neoclássico e veio em 1816 com a Missão Francesa – ação de dom João VI, chefiada pelo intelectual Joaquim Lebreton, para reunir artistas franceses como o pintor Jean-Baptiste Debret e formar aqui uma Academia de Belas Artes, semelhante à de Paris.

Inaugurada em 1820 como centro de negócios, um ano depois, a Casa seria palco de uma cena de violenta repressão: tropas reais invadiram-na para dispersar a multidão que exigia a permanência da Corte portuguesa no país. O espaço foi utilizado depois como Alfândega, arquivo de bancos e sede do segundo tribunal do juri (1956 a 1978). Após reformas, o local funciona hoje como centro cultural e, embora não tenha acervo, abriga exposições ao longo do ano (convém consultar a programação).

Merecem apreciação as 24 colunas de estilo dórico que limitam a área sob a grande abóbada central com clarabóia no alto. Há livraria, café e um cinema com exibições durante o dia.

Centro Cultural Banco do Brasil
Desde 1889, a construção abriga o centro cultural com a programação mais atraente e respeitada da cidade. Funciona também como um ponto de encontro, lazer e happy-hour, uma vez que tem salas de exposições e de vídeo, teatro, cinema, biblioteca, livraria e restaurante. Sempre há algo interessante acontecendo por aqui: por isso, não é preciso preocupar-se tanto em conferir a programação previamente.

Vizinho da Casa França-Brasil, o prédio projetado por um dos discípulos de Grandjean de Montigny e erguido em 1880 também serviu como centro comercial.

Centro Cultural dos Correios
A principal programação do centro cultural inaugurado em 1993 é composta por exposições de arte gratuitas realizadas em 10 salas, um auditório para duzentas pessoas, com exibição de filmes, peças e apresentações de música brasileira de concerto, e uma pequena sala de vídeo.

Um elevador de 1922 para três passageiros mais o ascensorista é uma relíquia da época de construção do prédio, em estilo eclético, erguido entre 1921 e 1922, para ser uma escola profissionalizante do Lloyd brasileiro. Anos depois, abrigou parte da administração dos Correios. No térreo há uma pequena galeria com exposições, uma agradável cafeteria e uma agência dos correios em funcionamento.

Na Praça dos Correios, ao lado, acontecem eventos ao ar livre ou, quando coberta, há exibição de filmes, como os do festival de animação Anima Mundi e do Cinesul, de cinema latino-americano.

Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores
Ao sair do Centro Cultural dos Correios e seguir pela estreita rua Visconde de Itaboraí, depara-se com esta pequenina igreja considerada por muitos a mais charmosa da cidade. Erguida por mascates em 1750 em uma rua histórica e que hoje ainda mantém seus postes de luz graciosos, era inicialmente um oratório público; passou por ampla remodelação no século XIX. Em 1893, durante a Revolta da Armada – sublevação da marinha contra o governo -, uma bala de canhão endereçada ao Palácio do Itamaraty atingiu o campanário e derrubou uma imagem de mármore de Nossa Senhora. A estátua (que escapou incólume) e o artefato que a atingiu estão expostos na sacristia.

Paço Imperial
Ao sair da igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, entre à direita na Travessa do Comércio, prossiga em meio aos bares do casario colonial e siga até passar por debaixo do pequeno Arco dos Teles e deparar-se bem à sua frente com a ampla Praça XV de Novembro e, logo atrás dela, com o prédio do Paço Imperial.

Do seu lado esquerdo, perto do mar, fica o chafariz do Mestre Valentim, de 1789, esculpido em granito e mármore, em formato de pirâmide. Um pouco atrás dele, próximo ao mar, situa-se a estação das barcas para Niterói, ilha do Governador e Paquetá. A Praça Quinze de Novembro, antigo Cais Pharoux, foi durante séculos a porta de entrada e saída da cidade para quem chegava pelo mar.

O Paço Imperial, erguido em 1743 para ser sede do governo e residência do governador, acolheu a família real na sua chegada em 1808 e foi cenário de episódios históricos como a assinatura da Lei Áurea e a sagração dos imperadores pedro I e II. Atualmente, é um centro cultural que oferece ótima programação de arte contemporânea. Tem cinema, café e restaurante.

Do outro lado, na movimentada rua Primeiro de Março, destacam-se, uma ao lado da outra, a Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, catedral da cidade até 1977, considerada por muitos historiadores a que melhor conserva as características barrocas no Rio e a Igreja da Ordem Terceira do Monte do Carmo, construída em etapas, principalmente entre 1755 e 1768, em estilo barroco e rococó, com destaque para a representação da Via-Crucis.

Espaço Cultural da Marinha
Destacam-se o navio-museu Bauru, o submarinho-museu Riachuelo e a galeota usada pela família imperial. O local oferece visita guiada à Ilha Fiscal, onde foi realizado o último e suntuoso baile dado pela monarquia, dias antes da instituição da República.

Igreja Nossa Senhora de Bonsucesso
Originalmente uma capela construída em 1567, dois anos após o nascimento oficial da cidade, com a expulsão dos franceses pelos portugueses, a igreja passou por inúmeras transformações arquitetônicas. A fachada é do século XIX, quando foi reconstruída. nela se encontram o crucifixo e a bandeira da misericórdia que acompanharam o inconfidente Tiradentes à forca e um órgão do século XVIII, além do púlpito, do altar e de retábulos do Colégio dos jesuítas do Morro do Castelo, demolido em 1922.

Pintados no século XVII, os retábulos são considerados os mais antigos do Rio e os únicos de influência maneirista (típica arquitetura portuguesa dos séculos XVI e XVII, também chamada de jesuítica). A construção está ligada à da Santa Casa de Misericórdia.

Real Gabinete Português de Leitura
A mais espetacular biblioteca de obras portuguesas fora de Portugal, com um acervo de pelo menos 350 mil obras da literatura portuguesa, fica guardada neste edifício inaugurado em 1837, em estilo neomanuelino. O imponente e belíssimo salão de leitura, de 400 metros quadrados e pé-direito de 23 metros, deixa à mostra a estrutura metálica decorada com motivos medievais dourados, que termina em um vitral de ferro e vidro que cobre todo o salão. As mesas de leitura são de jacarandá trabalhado. Entre outras raridades, o acervo inclui um exemplar da primeira edição de Os Lusíadas, de Camões, de 1572. Parte do acervo pode ser visitada, à exceção das obras raras.

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Sobre Antonio Moreno
Consultoria e Assessoria

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