Fernando de Noronha – Um Santuário Ecológico

O nome Fernando de Noronha provém do primeiro proprietário da Capitania Hereditária: Fernão de Noronha. Por sua localização estratégica, o arquipélago foi invadido várias vezes por ingleses, franceses e holandeses que tentaram se apossar das terras, porém, estas foram definitivamente ocupadas pelos portugueses em 1737. Durante muito tempo, o local serviu apenas para abrigar prisioneiros.

O arquipélago, que está a 545 quilômetros do litoral nordeste do Brasil, entre Recife e Natal, é formado por 21 ilhas, cercadas por águas cristalinas e povoadas por centenas de espécies de peixes coloridos. Apenas uma delas, a de Fernando de Noronha, é habitada; as demais fazem parte do Parque Nacional Marinho e só podem ser visitadas com autorização oficial do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O turismo é coordenado de forma sustentável e regido por leis federais que visam proteger o arquipélago e proporcionar o encontro do homem com a natureza de forma equilibrada.

Por este motivo, todo visitante, ao desembarcar na ilha, precisa pagar a Taxa de Proteção Ambiental (TPA) no valor de R$ 40,40 por pessoa para cada dia de permanência, além de preencher um formulário com seus dados pessoais. O valor foi instituído pela Lei Municipal número 10.430, de 29 de dezembro de 1989, modificada pela Lei número 11.305, de 28 de dezembro de 1995, art. 84, e objetiva assegurar a manutenção das condições ambientais e ecológicas do lugar.

Três voos diários partem para a ilha: um de Natal e dois de Recife. Não existem voos diretos de outras cidades. De qualquer parte do País, as opções fazem conexão nessas duas cidades.

Praias
Fernando de Noronha é dividida em duas partes. No Mar de Dentro, encontram-se dez praias e duas baías que podem ser visitadas – uma especial, a Baía dos Golfinhos, é preservada. No Mar de Fora, em direção à África, concentram-se quatro praias, uma enseada, duas áreas de contemplação e um conjunto de piscinas nas rochas. Nos locais onde as águas são retidas entre as rochas, surgem piscinas naturais povoadas por cardumes de peixes que se exibem em verdadeiros balés aquáticos.

Hospedagem
Em Fernando de Noronha, diferentemente de outros destinos turísticos, a hospedagem é feita em residências domiciliares e todas elas possuem registro na administração da ilha. Assim, o turista tem a certeza de que está se hospedando em um lugar que foi credenciado pela autoridade local. Outra novidade é que lá não existe nada de três, quatro ou cinco estrelas. Os nativos arrumaram um jeito diferente de classificar as rústicas pousadas. As famosas estrelas foram substituídas pelo símbolo do golfinho. A maior categoria que uma pousada pode atingir é “três golfinhos”. Existem outras que ainda não fazem parte desse documento por estarem em processo de classificação.

Atrações
Esse paraíso natural, que é tido como um dos melhores lugares do mundo para a prática de mergulho, oferece opções para todos os tipos de mergulhadores, desde os mais experientes até os que, pela primeira vez, aventuram-se no esporte. A visibilidade em certos locais alcança até 50 metros devido à cristalinidade das águas. A Baía do Sudeste é a mais segura para mergulhadores inexperientes, com profundidade de cinco metros. O mergulho autônomo no Mar de Fora, voltado para o oceano aberto, só é indicado para praticantes habilitados e exige o uso de equipamentos sofisticados que permitem a prática a uma profundidade de mais de 30 metros com total segurança.

Onde comer
Restaurantes servem desde comida caseira simples até pratos sofisticados. Uma boa pedida é o tubalhau, filé de tubarão salgado e prensado, preparado no capricho. Além do filé, aproveita-se o óleo de fígado, fortificante desde os tempos remotos, e com as barbatanas do peixe se faz uma deliciosa sopa que, dizem, é afrodisíaca.

Passeios
Você pode conhecer a ilha de várias maneiras, de bicicleta, buggy ou moto, mas o aluguel deve ser combinado com antecedência, pois a demanda é grande e há racionamento de combustível. Também é possível seguir a pé pelas várias trilhas que levam o visitante pelo Parque. Algumas são curtas, como a Caminhada Praia do Atalaia/Pedra Alta, um verdadeiro aquário natural, onde se pode mergulhar e apreciar a fauna marinha. Outras conduzem a lugares históricos, partindo da vila Nossa Senhora dos Remédios até o Palácio São Miguel, passando por ruínas de antigos presídios. E há a Caminhada da Conceição/Mirante dos Golfinhos e a Caminhada da Pontinha, que exigem um bom preparo físico. Essas caminhadas são compensadas pela beleza das paisagens e pelos mergulhos refrescantes nas águas claras e mornas. Uma alternativa é o passeio de barco, que sai do Porto de Santo Antônio, com duração de cerca de três horas, navegando mar adentro, passando pelas ilhas secundárias. No trajeto, golfinhos se exibem em graciosas acrobacias. Vá preparado para um mergulho livre nas paradas do barco.

E se você quiser assistir a um espetáculo simplesmente incrível, salte da cama bem cedo. A saída é às 5h, com destino ao Mirante dos Golfinhos, quando eles retornam do alto-mar para descansarem em sua baía.

Clima
As belezas de Noronha podem ser vistas durante todo o ano. O período de seca é de setembro a março. As chuvas ocorrem com mais intensidade entre os meses de abril e agosto. Entretanto, as incidências são esporádicas, intercaladas por sol intenso. Por isso, não há justificativa para deixar de visitar a natureza preservada da ilha. A temperatura média no local é de 28º C na terra e 26º C no mar. A única observação vai para os mergulhadores, profissionais ou amadores: entre os meses de agosto a outubro é o melhor período para conhecer o que Fernando de Noronha conserva em suas águas de tonalidade entre o azul-turquesa e o verde-esmeralda. Nessa época o Mar de Dentro está mais calmo e facilita a visibilidade.

Dicas Importantes

Respeitar lugares próprios para a visitação: não escrever em árvores ou rochas, não jogar lixo, não caçar, não pescar ou coletar, não introduzir espécies de outros locais, não produzir fogo, não acampar ou pernoitar.

Nas caminhadas, trilhas e passeios, é aconselhável usar calçados adequados (sandálias com velcro ou tênis), usar roupas leves, protetor solar e chapéu, levar água e um pouco de dinheiro.

Se for visitar algum lugar sem o acompanhamento de um guia, informe-se antes se o acesso é permitido, especialmente dentro do Parque Marinho.

Sempre que for à praia, leve máscara e respirador, pois pode surgir oportunidade para um mergulho rápido. A água é quente o ano inteiro (em torno de 24º C) e limpa (visibilidade superior a 30 metros, exceto nos meses de janeiro e fevereiro).

O fornecimento de energia elétrica da ilha é 220V. Há alguma agências bancárias e terminais eletrônicos (procure saber junto ao seu banco se ele possui este serviço na ilha). É raro o uso de cartões de crédito. Por isso, é bom levar dinheiro em espécie.

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Se você já foi a Fernando de Noronha, deixe registrada aqui a sua experiência.

Sobre Antonio Moreno
Consultoria e Assessoria

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